A origem deste nome como sobrenome, foi dado
pelos Revolucionários da Confederação do
Equador (como era de costume )ao seu mais novo membro Francisco
Miguel Pereira, acrescentado ao seu nome o "IBIAPINA",
homenagem à cidade da Serra da Ibiapaba, onde Francisco
Miguel Pereira Ibiapina, trabalhou.
A palavra Ibiapina é de origem indígena,. tomado
do tupi, de ibi, terra, e aspino (sic), tosquiar. "Teodoro
Sampaio (O tupi na geografia nacional, 218)", deriva de
ibi’ã, piba ou ibi'ã, a'piba, a terra alta
despida, sem vegetação, o alto calvo; ou também
i'bi, apiba, a terra limpa, os pelais ou espaços naturalmente
despidos de vegetação.
A genealogia dos Ibiapinas
Capitão Mathias Pereira de Carvalho nascido em Porto
Portugal, e
Ex-ouvidor geral do Ceará, casou-se com Michaela da Sirva
Medeiros, afia, filha de Tomás Pereira Veras (Igarassu-PE)
e Joana da Costa Residia na ribeira do Coreaú.
Desse casamento nasceram:
a. Nicásia Alves Pereira casou-se com Tomás da
Silva Porto natural da cidade do Porto Portugal, filho de Mateus
da Silva e Francisca de Sousa. Casamento realizado a 18 de maio
de 1738.
b. Clara da Silva Medeiros casou-se com Domingos Álvares
Magalhães natural da freguesia de São Clemente
da vila de Celorico de Basto, filho de Francisco Gonçalves
e Margarida Magalhães, a 21 de maio de 1742.
Deste casamento nasceu:
b.a Vitorino Alves do Prado foi o primeiro a levar o sobrenome
ALVES DO PRADO, nasceu em Sobral por volta de 1745, e casou-se
com Rosa Maria de Jesus, filha de Tomás da Silva Porto
Junior e Teresa de Jesus, casamento realizado em Sobral a 07
de setembro de 1807.
c. Maria Álvares Pereira natural de Coreaú "mulher
Possuidora de muitas terras e fazendas de gado na margem do
rio Jaibaras", casou-se, em primeiras núpcias com
Domingos Ferreira Gomes, português, natural de Cadaval,
filho de Valentim Ferreira e Isabel da Assunção.
Casamento realizado a 06 de outubro de 1750.
Maria Álvares casou-se, em segundas núpcias, com
o Coronel Félix Ribeiro da Silva, português natural
da freguesia de Fojo Lobal, conselho de Ponte de Lima, filho
de Felipe da Silva (nat. da freg. de Souto de Rebordões
Ponte de Lima) e de Francisca Pereira. A um filho de Félix,
de nome Felipe, que foi um dos seus testamenteiros. Casamento
realizado a 22 de julho de 1766.
Do primeiro casamento nasceram:
Felipe Ribeiro da Silva;
Tereza Maria da Assunção natural de Sobral, casou-se
a 07 ê de janeiro de 1766, com o Capitão Manoel
Pereira de Sousa, filho do Sargento Mor Alexandre Pereira de
Sonsa que era natural da freguesia de Socorro do Passe, no Recôncavo
Baiano e de Antonia Pereira de Sousa natural de Coreaú
Ceará.
Tereza Maria da Assunção faleceu em abril de 1843
e seu marido Manoel Pereira de Sonsa faleceu a 27 de março
de 1781.
Desse casal nasceram:
Capitão Alexandre Néri Pereira;
Joaquim José de Sonsa;
Francisco Miguel Pereira Ibiapina, Oficial da Guarda Nacional,
era autodidata letrado, homem irrequieto e idealista, tabelião
e escrivão das correições, profissão
que dele exigia viagens contínuas e penosas, tendo que
acompanhar o Ouvidor e Corregedor Geral da Comarca por todo
o interior da Província. Em companhia do Ouvidor Francisco
Afonso Ferreira esteve na povoação de São
Pedro da lbiapina, (lbiapina) primeira localidade a visitar
no exercício de seu cargo, tendo por isto, como foi costume
dos revolucionários da Confederação do
Equador, acrescentado ao seu nome o apelido "IBIAPINA",
homenagem àquela cidade da Serra da Ibiapaba. Morou ainda
em Icó e Jardim, indo a Fortaleza em 1823 quando abraçou
os ideais da Revolução, sendo arcabuzado pela
manha do dia 07 de maio de 1825 no Passeio Público. Veremos
o termo de batismo de Francisco Miguel Pereira:
"Francisco, filho legítimo do Tenente Manuel Pereira
de Sousa, natural do Coreaú, e de sua mulher Tereza Maria
da Assunção, natural desta freguesia de Nossa
Senhora da Conceição da vila do Sobral e nela
moradores, neto paterno do Sargento mor Alexandre Pereira de
Sousa, natural do Arcebispado da Bahia, e de sua mulher Antonia
Ribeiro natural do Coreaú e neto materno de Domingos
Ferreira Gomes, natural de Cadaval do Patriarcado de Lisboa,
e de sua mulher Maria Álvares Pereira, natural do Coreaú,
nasceu a três de junho de mil setecentos e setenta e quatro
anos e foi batizado com santos óleos a vinte e sete de
julho do mesmo ano, nesta Matriz por mim cura. Foram padrinhos
digo foi batizado com santos óleos na Fazenda Olhos d'água
desta freguesia pelo Padre Frei Miguel de São José,
franciscano, de minha licença. Foram padrinhos José
Fernandes e sua mulher Ana Pereira, moradores no Coreazí,
do que fiz este termo para constar e assinei. João Ribeiro
Pessoa, cura e vigário de Vara de Sobral. (Liv. Bat.
Sobral, 1772 1777, fl.124).
Francisco Miguel Pereira Ibiapina nasceu a 08 de maio de 1782
em Sobral e foi batizado a 24 de junho do mesmo ano, casou-se
com Tereza Maria de Jesus que foi batizada na Matriz de Sobral
a 28 de abril de 1785 (Liv. Bat. Sobral, 1783-1788, fl. 101)
e faleceu em Fortaleza a 04 de novembro de 1823 (Liv. Obt. Matriz
de São José n° 2, fl. 184v), filha de Antonio
Pereira de Azevedo e Maria Furtado de Mendonça. Casamento
realizado a 29 de outubro de 1803. Maria Furtado de Mendonça
foi à segunda mulher de Antonio Pereira de Azevedo, que
foi Procurador da Câmara de Sobral nos anos de 1792 a
1796.
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